sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Análise do espetáculo NA SOLIDÃO - Grupo Hybris


Por: Leandro Sousa Alves
Disciplina: Consciência Corporal

Durante um espetáculo de teatro o que se vê são diversos elementos cênicos que dialogam entre si, para estabelecer uma comunicação com o espectador. O mais notável e talvez o mais importante desses elementos, seria a presença do ator, ou seja, e entrega física do ator a cena.
Jean Jacques Roubine em “A arte do Ator” fala de recursos utilizados na interpretação teatral. Em uma passagem onde discute sobre o corpo ele diz:
“... o corpo é o lugar de um conjunto de resistências: resistências físicas das articulações, da musculatura, da coluna vertebral... decorrentes da falta de treinamento do ator, mas também resistências físicas que seu inconsciente pode opor às exigências da exibição teatral.”

Para ele a superação dessas resistências se dá através da conciliação de um trabalho psicológico e físico.
O espetáculo “Na Solidão”, dirigido por Giuli Lacort e apresentado pelo grupo Hybris no I Festival Universitário de Teatro e Dança realizado pela Universidade Federal de Uberlândia, é sem dúvida o resultado de belíssimo trabalho corporal. Os gestos fluidos e sincronizados são desenhados no palco pelos atores que se vestem de preto como o fundo negro e vazio do palco, e contrastam com os objetos brancos da cena.
Os movimentos de cada personagem se encaixam, e a história vai sendo costurada através de uma linguagem quase que somente corporal. Um espetáculo que utilizou técnicas de teatro e dança encantou o público uberlandense com a fantástica desenvoltura dos atores em cena.

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