quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Movimento Expressivo - Klauss Vianna (Parte 1)

Movimento Expressivo - Klauss Vianna (Parte 2)

Protocolo da aula do dia 19/10/2010

Vetores

                         
A aula inicia com memórias de exercícios e sensações da aula anterior. Logo após, uma aula teórica introduzindo vetores do texto de Jussara Muller, “A escuta do Movimento” é ministrada para facilitar a compreensão da série de exercícios que vão ser desenvolvidos posteriormente, além de slides podemos observar o conteúdo do texto em um esqueleto e entender melhor essas forças opostas que existem em nossos corpos.
Antes que os exercícios comecem é feito um relaxamento para nos livrar das tensões cotidianas, só então começamos a trabalhar com energização e com o sentido sinestésico. Em uma roda passamos energia através de palmas direcionadas um de nossos colegas, em resposta a ele, quem a recebe repassa àoutro colega ou devolve para o mesmo, através de um gostoso e aliviado som: BOING!!! Continuamos em círculo, agora de mãos dadas, a brincadeira já é conhecida por todos, afinal quem nunca brincou de telefone sem fio?! A única diferença é que usamos outro sentido para transmitir a mensagem aos participantes: o tato.
A interação com aula vai acontecendo de uma forma tão intensa, que um dos alunos propõe um novo exercício, na verdade mais uma brincadeira, somos divididos em pares e o objetivo é nunca ficar sozinho, cada “ marido” deve cuidar de sua “ esposa” impedindo que ela corra para os braços de um solteirão. Outra atividade é proposta, desta vez pela professora, caminhar pela sala com uma força contrária a do movimento. Permanece em duplas, um na frente com um tecido em torno do corpo e outro atrás puxando este tecido, fazendo a força contrária. Além da facilidade de notar a transferência de peso, este exercício inconscientemente, nos leva a um outro exercício onde tínhamos que descobrir que parte do corpo nos faz andar, pois esta parte está muito evidente durante a execução da atividade, ela se inclina para frente sem ser estimulada, inconsciente e temos que controlá-la com um trabalho difícil que mistura paciência e força. Nos dois últimos exercícios, trabalhamos com a transferência de peso de um pé para outro e depois ao som de uma música com o enraízamento.
Ao final da aula refletimos sobre as atividades propostas relacionando-as com o texto em estudo. Entendemos que ter consciência do nosso corpo é saber usa-lo quando necessário e que os vetores são forças contrárias que nos permitem ficar de pé e nos movimentar.

Por Leandro Alves

Protocolo aula do dia 19/10/2010

                Iniciamos a aula relembrando as atividades do último encontro.
                Logo após iniciamos uma pequena discussão a respeito dos dois primeiros vetores estudados: metatarso e calcâneo, embasados no texto “A escuta do corpo” de Jussara Muller que trabalha com a técnica de Klauss Viana.
                Com um trabalho, primeiramente de contato físico, analisamos os vetores no esqueleto e aprofundamos na teoria com uma apresentação de slides. Em síntese, o metatarso e o calcâneo, são responsáveis por nossa locomoção, equilíbrio, amortecimento e impulso, logo os vetores fazem parte de um trabalho de direções ósseas que se inicia nos pés e se estende até o crânio.
                Nos slides foi-nos apresentado o arco plantar constituído pelo arco  longitudinal/medial, arco longitudinal/lateral e arco transversal.
                Após experimentarmos um pouco a influência dos vetores em nosso corpo com um exercício em que era proposto criar uma força entre o quinto e o primeiro metatarso e o calcâneo em direções ao chão, assim era perceptível as relações e reações que se criaram no restante do corpo, por exemplo, exercendo essa força, percebia-se uma rotação externa coxofemoral e uma sensação de encontro do ísquios.
                Em seguida, iniciamos uma atividade de relaxamento e aquecimento em duplas em que um auxiliava o outro a se alongar (MUITA DOR!!!!!)
                Relembramos nosso sentido sinestésico com o exercício ZIP-ZAP-BOING, onde eram necessários concentração, prontidão e ritmo.
                Logo após retomamos também resistência e oposição: um, envolvido por um tecido, era forçado a caminhar em frente, no entanto, um outro segurava o tecido exercendo essa resistência que o impedia de seguir.
                Por fim, mas não menos importante, relembramos Eugênio Barba em um exercício de enraizamento percebendo a influência dos vetores.
                Ainda fizemos uma breve reflexão sobre a aula, analisando as reações e sentimentos que os exercícios nos provocaram.
                 

                               Rosiane Martins

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Analise do espetáculo:
“Na solidão dos campos de algodão”



Fixa técnica:
Direção e cenografia: Giuli Lacorte      
Assistência de direção: Fillippi Mazutti
Elenco: Giulli Lacorte e Letícia Paranhos
Orientação: Lucas simas
Produção de palco: Pablo Daiman
Produção: Grupo Hybris e Luka Ibarra
Divulgação: Luka Ibarra
Fotos: Marina fujiname
Realização: Grupo Hybris


Parecer do espetáculo:





         O espetáculo Na solidão dos campos de algodão foi inspirado na obra de Bernard-Marie Koltés, o dramaturgo francês contemporâneo mais encenado no mundo, tem em seus espetáculos uma linguagem muito literária e muito urbana, sendo lida como uma poesia moderna.
        Giulli Lacorte no roteiro de “Na Solidão”, trabalhou com colagens do monologo “À noite logo antes das florestas” também de Koltés, e abusou de toda a contemporaneidade num roteiro confuso e inquietante, mostrando as peripécias do mundo capitalista, onde não restaria aos homens nada além da possibilidade de negociar a convivência, os encontros e desencontros, os relacionamentos e também a satisfação dos desejos.
        Ao usar a técnica teatral somada à dança moderna, Giulli Lacorte preferiu colocar a corporeidade, como veiculo que levava a proposta textual nos movimentos carregados por significados, e a fala, diferentemente do óbvio, foi usada para confusão de estado e tempo, junto a esta mudança nada convencional ele colocou varias informações e criticas, e foi feliz, pois não as apresentou de maneira planetária e desinteressante.
       O Pout-Pourri com variação de aceleração e desaceleração musical e a iluminação de luz e sombra, nos causou um embaraçamento de ideias, pois não passaram informação de lugar, uma televisão fora do ar, um sofá com uma enorme bacia de pipoca, e uma escada, deixam ainda mais confusa esta percepção de espaço, sem contar que utilizaram todos os objetos cênicos na cor branca, tendo cuidado até no alimento proposto (pipoca), para que tudo ficasse esteticamente certo, colocando o bom em evidencia e deixando o ruim em entrelinhas, da mesma forma que o mundo capitalista nos aliena.
Obtiveram sucesso em sua oitava apresentação ao publico, sendo elogiados pelos críticos que compunham a bancada, e por alunos que como complementação de aprendizado universitário os assistiu.

assistam  
 

http://www.youtube.com/watch?v=jeYPz6d8Z1M

http://www.youtube.com/watch?v=qgZgwd9Mfdw