segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Olhares sobre a infância


Pra mim nunca havia sido difícil pensar sobre infância, sobre as brincadeiras, as imaginações, os deveres, os prazeres, em como a criança está inserida na sociedade.  Sendo um período da vida que me interessa o foco e a atenção, hoje este olhar é um pouco mais complicado. 

Existe sim uma diferença para o antes e agora. Acho que antes eu pensava apenas na minha infância nos anos 80 e fazia dela referência com as outras crianças. A minha foi boa, brinquei na rua, vi muita televisão, desenhos animados, fui pra fazenda, subi em árvores, brinquei de massinha, dancei muito ao som da minha vitrola, li gibi, fiz "arte" mesmo que a educação familiar tenha sido baseada nas varas do pé de abacate. 

Agora  / hoje pensar a infância é mais complicado sim, porque me coloco como um futuro profissional, sendo assim tenho responsabilidades formativas e educacionais, de outra geração totalmente diferente da minha, com outros estímulos, outra realidade.  Pensar e discutir uma infância com as outras pessoas hoje me causa medo de lidar com elas. Como conduzir, o que conduzir, o que é certo, e errado? Existem muito fatores relevantes que as vezes eu nunca havia pensado talvez porque pra mim fosse normal e tivesse sido imposto. Sempre aceitei bem as imposições era assim que tinha que ser quando criança.

A infância é um tempo de descobertas, de fantasias, sem limites para a imaginação, sem preconceitos, um tempo de conhecer, ir além, arriscar, aprender, ter medo, ser e estar no mundo, ser limitado pela sociedade, viver em sociedade, desenvolver fisicamente, psicologicamente, pessoalmente, independente da geração, do tempo, do lugar.










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