domingo, 16 de dezembro de 2012

Questões sobre mim e todos. (infância)

Quando você assiste um filme como “O menino maluquinho”, aquela versão primeira, mais antiga, que o menino em questão tem uma infância invejável cheia de aventuras simples e cotidianas, rurais, experimentais, surpreendentes, você pode dizer: eu tive uma péssima infância. Mas há, ainda, os que vão ao shopping e vêm aquelas crianças chatas e birrentas, o chão das lojas de brinquedos parece um mar de crianças chorando, fazendo birra e gritando como se não houvesse garganta a ser destruída.

Atualmente com 23 anos eu posso dizer que vivi entre esses dois mundos, o da infância das aventuras simples e o da infância dos shoppings.

Talvez(es).
Talvez a infância seja um prato que se coma cru.
Talvez a infância seja uma sopa que te é enfiada goela a baixo.
Talvez eu tenha escolhas, e talvez não.

Não era minha escolha descer a rua da casa da minha avó de carrinho de “rolimã”, nem fazer piquenique de porcaria e muito menos gastar duas horas na petshop do shopping depois de comer um belo Big Mac.

Se não somos a projeção dos nossos pais, porém somos um pouco de quem nos rodeia, nossos avós, pais, professores e etc... Se não me levam ao campo, não posso senti-lo, vive-lo, posso sim conhece-lo intelectualmente, mas sem a vivência não há campo em mim, bem como os ditos caipiras que saem da roça e não entram de primeira em uma escada rolante.

E talvez seja essa a questão, as diferenças se instauram na infância. Será?

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